A visão do trabalhador

Arquivo para a categoria ‘Proletário & Capital’

Defasagem prática no ensino técnico

A demanda de cursos voltados ao meio gráfico vem crescendo anualmente de forma exponencial. As instituições clássicas de ensino profissionalizante como Senai, no ensino particular, e o Centro Paula Souza, no ensino público, vem disponibilizando mais vagas e oferecendo mais modernidade e dinâmica aos alunos, capacitando-os para um mercado de trabalho competitivo e de constante crescimento.

O técnico vai ver, na prática, os processos de pré-impressão, impressão e produto final, aprendendo todos os equipamentos e técnicas que já foram utilizados e os mais modernos, que estarão à disposição do futuro trabalhador gráfico.

A maioria das instituições profissionalizantes prometem emprego garantido para a maioria dos recém-formados, com dívida paga em muitas delas. Outras, porém, mantém o lema sem cumprir a promessa.

O designer Edimilson Costa, 22 anos, é formado em Comunicação Visual há dois anos e trabalha como ilustrador, atuando com a criação e pré-impressão do material. Se formou na Escola Técnica de Vila Formosa, instituição vinculada ao Centro Paula Souza, autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Sem emprego fixo, Edimilson consegue atuar na área por meio de trabalhos freelance, sem proteção legal em relação a pagamento, contrato de trabalho e prazos. Por um lado há as benfeitorias do emprego livre. “Você faz seu horário e não fica preso ao stress de um ambiente de trabalho que poderia ser tão bom como conturbado”. Vendo por outro lado, “o pagamento não tem quantia pré-determinada, tornando tudo um tanto incerto”, diz.

Sem o horizonte prometido pela instituição de ensino, Edimilson não consegue um emprego fixo na área em que se formou. Se sente inseguro e sem embasamento suficiente para concorrer com candidatos formados em instituições privadas e outros institutos tecnólogos. “não que eu seja inferior! sei mostrar o que aprendi! mas outras pessoas aprenderam mais coisas no mesmo tempo de instrução que tive, e isso é levado em consideração”.

As ETECs e FATECs do Estado de São Paulo vêm sendo usadas como objeto de propaganda política há algum tempo. Em cada ano eleitoral vemos o governo estadual batendo na tecla da expansão das ETECs e na sua maior abrangência. Vemos um centro técnico em cada esquina da capital e em diversos pontos do Estado. O que não é mostrado é o fator da qualidade de ensino dessas novas escolas abertas. A verdade é que se investe na expansão, para mostrar serviço, mas a qualidade e infra-estrutura dos locais ficam escondidas, fazendo com que a realidade dos alunos seja diferente da mostrada nas campanhas eleitorais.

A Escola Técnica de Vila Formosa, extensão da Escola Técnica Rocha Mendes, foi fundada há pouco mais de dois anos. Até o começo desse ano haviam reclamações por parte dos alunos em relação à falta de laboratórios e equipamentos necessários para um ensino profissionalizante comparado com o ensino disponível em outras instituições. A existência desses equipamentos é necessária para a formação do profissional gráfico. Edimilson comenta sobre essa questão: “Vemos laboratórios não tão profissionais, mas existentes até mesmo em outras ETECs, que eram divididos com outros alunos de outras escolas menos favorecidas. As visitas técnicas para as ETECs são basicamente as mesmas, mas em outras instituições (particulares e tecnólogos), você vê de perto a prática, o dia a dia de quem trabalha na área, porque as visitas são mais focadas nos interesses profissionais de quem quer se formar e seguir carreira, e não só adquirir conhecimento.

A realidade de muitos dos formados pela rede técnica estadual é baseada em trabalhos pequenos em regime autônomo, sem proteção sindical e muitas vezes com trabalho exploratório. O profissional, na maioria dos casos, sai da escola pisando em terreno desconhecido, sem muita base em relação a preços, ética trabalhista, legislação e, em casos extremos, conhecimento técnico defasado e incompleto.

Ao ser questionado sobre como enxerga o futuro, Edimilson responde de forma um tanto quanto conformista: “vou conhecer tipos diferentes de cliente, passar por diferentes situações e aprender com cada uma delas. Tudo isso, mesmo sem registro me ajudará a evoluir, e nesse meio tempo, alguns clientes importantes podem contar como experiência e enriquecer o portfólio, facilitando muito pra quando eu for tentar crescer na área como ilustrador ou publicitário… ainda tenho bastante para aprender também”.

Sem base suficiente, só resta ao profissional técnico apostar na experiência futura que a vida lhe dará, e fazer o possível para se reformar, dessa vez em uma instituição que valorize o aprendizado e o aluno e, mais importante, não sirva como arma política.

Homenagem aos Trabalhadores Grevistas da CSN Assassinados Em 1988 pelo Exercito Brasileiro Sob o Comando do Hoje Senador José Sarney!

Hoje lembrei deles… E sei que alguém sempre ira lembrar!

Sempre vão tentar apagar das nossas memórias que os trabalhadores pagaram e continuam pagando com suas vidas pelo pouco que sobra das mesas da elite que só mudou de partido, mas continua ai não é senador?

Nós não esquecemos e alguém sempre vai lembrar, não importa quanto tempo passe!

Eles estarão sempre em nossa Memória,

Wilian Fernandes…

Walmir de Freitas…

Carlos Augusto Barroso…

Presente!

Musica dos Garotos Podres: Aos Fuzilados da CSN

Povo unido jamais será vencido

Sei que a frase é totalmente clichê e mais comum que carne de vaca. Porém, mesmo assim, não deixa de ser uma realidade. É puramente matemático isso que falarei agora!

Vejamos: dentro de uma empresa podemos encontrar centenas ou milhares de assalariados, vendendo sua força de trabalho para somente um patrão ou uma diretoria composta por algumas unidades de patrões. Pois bem, digamos que uma empresa tal possui uns 500 funcionários e seja comandada por uma sociedade entre 4 pessoas. Não precisamos ser Einstein para saber que 500 é maior que 4 certo? 125 vezes maior!

Ou seja, para cada patrão teríamos 125 funcionários. Isso faz com que os funcionários tenham o poder, maior força do que um indivíduo separado ou em menor número.

Claro que o patrão dispõe da posse dos meios de produção e tem muito mais acesso aos benefícios que o governo pode dar para ajudá-los em situações de crises que iriam desde promessas políticas até o uso o braço forte do Estado (instituição conhecida como polícia).

Podemos, de novo, voltar para nossas contas, agora de uma forma um tanto superficial, só para dar uma ideia do que estou dizendo. Tirando a polícia, o governo e os patrões, quantos sobram na população brasileira? Mais ou menos do que as classes dominantes? Quem falou mais acertou!

Somos maioria e, como maioria, podemos vencer, impor nossa opinião, nossos direitos de trabalhador, muitas e muitas vezes desprezados por quem está no poder, seja político, empresarial ou industrial.

O que provoca essa falta de poder, no entanto, é a desunião. Formigas unidas fazem um formigueiro, alimentam uma colônia inteira e até são capazes de matar animais muito maiores que elas. Porém, uma única formiga não consegue fazer mais do que ser pisoteada.

Podemos citar os tijolos que, unidos, formam uma enorme fortaleza; as abelhas que formam toda uma colmeia e um sistema de defesa exemplar; linhas que, unidas, formam uma corda… só não podemos citar nossos trabalhadores que permanecem cada vez mais desunidos.

Egito: Exemplo de união popular

Clamo sim para que o trabalhador (e o povo em geral) se una! É importante para conquistar direitos, conquistar espaço. A desunião é algo implantada justamente pelo capitalismo, que prefere um trabalhador fraco do que uma classe forte. Só assim poderemos seguir em frente, batalhando por igualdade salarial, benefícios maiores e outras melhorias para a sociedade.

Sem união estamos fadados à derrota. E enquanto isso, uma meia dúzia de patrões pisam sobre nós e riem às nossas custas. Iremos nos subordinar sozinhos ou lutaremos juntos? Escolham!

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